Terça-feira, 22 de Janeiro de 2013

pink glasses

They say: "Don't you worry child, heaven's got a plan for you". Gosh!

Que lentes cor de rosa... Já estava mais que na altura de deitar fora esses óculos velhos. Tirar as lentes cor de rosa, e mudá-las por outra cor que estivesse mais ao acaso. O cor de rosa já está a perder o sentido. Os óculos cor de rosa, e esse maldito lápis que carregas há tempos. Já estava, definitivamente, mais que na altura de deitar isso tudo fora. Essas manias, esses costumes.
Já está mais que para lá do tempo, em que já devias ter percebido tudo, e principalmente todos. Já estava, definitivamente, mais do que no tempo em deixas de brincar com bonecas, deixas de lado os contos de fadas, e deixas de acreditar que existem mesmo príncipes encantados.
Não percebo mesmo onde pensas que chegas assim, com tanto cor de rosa por perto, com tantas coisas bonitas. Deixa de fazer parte desse planeta cor de rosa. Ou melhor, deixa de colocar as pessoas nesse teu mundo cheio de cor de rosa. Que mania! Sempre a pintares tudo de cor de rosa, a acreditar em todas as palavras que te dizem. Tu, e essa estranha maneira de acreditares em tudo o que os outros dizem. Um dia... Um dia vai ser a sério, e nesse dia, vou ter pena de ti.
Vou ter pena de ti, porque enquanto não deixares de lado essa mundo todo cheio de brilho e cor de rosa vais continuar a bater com a cabeça. Vais continuar a chorar, e a pensar que tu, sim, que tu é que estás mal. Que a culpa é tua, que foste tu que erraste. Que foste tu que agiste mal. Que foste tu cometeste uma atrocidade, a atrocidade de seres tu mesma. Vais continuar a olhar para ti da mesma maneira: "It's my fault!". Vais continuar a repetir isso na tua cabeça, constantemente, constantemente e constantemente.

Vou mesmo ter pena de ti! E continuo a dizer que vou ter pena de ti, por uma simples razão: continuas com esses malditos óculos cor de rosa! Que te fazem acreditar em qualquer coisa que ouves, que as pessoas não têm maldade, não têm segundas intenções. Esses, sim, esses mesmo óculos estão constantemente a dizer-te para acreditares em tudo, para te esqueceres do passado, para te esqueceres "dos outros", porque cada pessoa é uma pessoa!

De facto, nisso concordo com os teus óculos, cada uma pessoa é uma pessoa, diferem nos nomes! Porque de resto, com as coisas bem somadas, cada pessoa torna-se inevitavelmente igual à outra a cada passo que dá. A cada palavra que diz.
Posto isto, continuo a dizer que já estava mais que na altura de deitar fora esses óculos velhos!

 

Post by Lúcia.R às 02:05
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Segunda-feira, 16 de Julho de 2012

hábito

Perdi o hábito de correr. Perdi o hábito de ir atrás. Provavelmente sem razão. Ou provavelmente com muita razão.
Para dizer a verdade, não há qualquer vontade de lutar seja lá pelo que for. Se formos pensar bem, para quê? Vale mesmo a pena? - Não.
Por vezes, de tanto corrermos, e quando não conseguimos ver a meta, ficamos desgastados. Cansados tanto física, como psicologicamente. E a realidade é que não vale a pena correr demasiado quando o objectivo que desejamos alcançar cada vez está mais longe. Parece que quanto mais corremos, mais longe ficamos. E como mais longe ficamos, mais temos de correr. Até ao dia em que o nosso corpo pede-nos para parar. Para descansar, nem que seja por uns instantes. Uns simples segundos. E é o que fazemos. Descansamos. Bebemos um pouco de água. Esticamos os músculos. E preparamos-nos para voltar a correr. E corremos. Tanto ou mais do que o que já tínhamos corrido até então.
Mas mais uma vez o esforço foi em vão. Cada vez mais longe de chegarmos ao final da corrida. Mas ainda assim continuamos a correr. Porque a bem ou a bem queremos chegar ao fim. Com sentimento que fizemos o que queríamos. Que apesar de nunca mais acabar, um dia irá acabar. Mas nunca mais chegamos à meta.
Até que o corpo pede-nos de novo que descansemos. E voltamos a parar. A descansar. Beber mais um pouco de água e esticar os músculos. E na hora de voltar a correr o corpo diz-nos: não! Diz-nos que já chega. Os músculos estão cansados. A nossa mente está lamentável. E de facto o que mais queremos fazer é chamar um táxi! Ou lá o que for!
E deixamos de correr. Deixamos de ter quaisquer preocupações sobre o que poderia estar na meta. Sobre o que poderia ser a recompensa. Deixamos de sonhar com a meta. Com o alcançável. Porque naquele momento se existe coisa que nunca mais era alcançada era aquela maldita meta. Só se sentia chão e mais chão! E a meta, que é dela?
E assim, perdemos o hábito de lutar. Pomos de lado toda e qualquer expectativa que poderíamos criar. E porquê? Porque alguém um dia disse: "Vais lá chegar!" Mas a verdade é que nunca chegamos!
O corpo pede-nos para descansar. E assim acomodamos-nos.

Post by Lúcia.R às 22:58
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Terça-feira, 14 de Fevereiro de 2012

princesa

Lembraste daquela sensação de quando descobriste que o Pai Natal não existe? E de que nenhum sapo beijado se transforma em príncipe? E que também não existe um tesouro no final do arco-íris? Lembraste de todos esses momentos? Em que aquilo que te fizeram acreditar durante anos se transforma numa mentira, e com o tempo numa desilusão. Foram tristes, não foram? Então olha, não te esqueças, será constante.

Todos os contos de fadas que criares, que imaginares, vão ter todos um fim, um desfecho menos feliz. E com o tempo vais percebendo que contos de fadas só existem mesmo nos livros. Contos de fadas, sapos que se transformam em príncipes, e em príncipes de verdade. Vais mesmo compreender que serão todos para guardar na mesma estante, nos livrinhos que fazias questão que te lessem antes de adormeceres, para poderes dormir descansada.

É tudo uma questão de tempo, lá está. Acreditas no Pai Natal, mas passado uns tempos aprendes que ele não existe, e que nem é ele que deixa as prendas em tua casa.

Acreditas na Fada dos Dentes, e mais tarde percebes que afinal eram os teus país que faziam questão de tirar o dente, e substituí-lo por uma nota.

Acreditas nos Príncipes, que vão chegar num cavalo branco, e que serão felizes para sempre. Com o tempo começas a deixar de acreditar nos Príncipes, no cavalo branco igual. Este apenas passaria por uma questão de gosto. E branco… Branco seria de todo a cor que não irias querer ver. Brancos são os anjos, há quem diga que o branco transmite paz. Seria? Um Príncipe num cavalo branco, acho que não, mesmo.

E no fim, com tantos contos de Fadas perdidos, com histórias com finais pouco ou nada felizes começas a pensar que talvez a culpa não seja do Pai Natal, também não será do Sapo que espera vir a ser Príncipe, nem do Príncipe que não encontrou o cavalo branco ou o caminho. Começas a pensar que talvez seja a Princesa, que a história dela não passe por um final feliz, ou por sorrisos contínuos. Exacto, talvez o erro seja da Princesa.

Post by Lúcia.R às 03:08
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Quinta-feira, 12 de Janeiro de 2012

that's when she said i don't hate you boy i just want to save you while there's still something left to save

"that's when she said i don't hate you boy i just want to save you while there's still something left to save"

Uhm? Há qualquer coisa que não está correcta! Parece que os papeis estão um pouco trocados, não se percebe lá muito bem este jogo de palavras. Então quer dizer que no meio de tudo, quem foi a rocha e o suporte é que tem de respeitar? Então quer dizer que já não se dá importância àquilo que as pessoas são? Bem... Sempre a somar!

Agora falando mais a sério, parece haver qualquer coisa trocada. No meio disto e aquilo, aquilo e mais não sei o quê, não se percebe. Sejamos directos então: Quem age mal é o rei da história. Quem tenta de tudo para não causar males maiores, para não ferir outras mentes, para não causar problemas, quem carrega sozinho com coisas que não deveriam ser assim, é quem ainda tem de se preocupar com respeito? Com alguma dignidade? Confirma-se que os papeis estão mesmo trocados. Mais parece uma grande confusão que qualquer coisa lógica.

Quem erra, erra e ainda acusa, como se tivesse o rei na barriga. Como se existisse apenas uma verdade, como se não importasse outras coisas. Enfim...!

E quem parece agir mais correcto preocupa-se com coisas que não devia, com coisas perdidas, com tentativas que de nada servem. Com coisas perdidas, mesmo. Não tem outra coisa para se chamar. É isso mesmo, Coisas Perdidas. Perderam-se aqui, ali, além... Bem... Por muitos sítios... Não! Não se perderam de facto. Nunca existiram. Como é que se perde qualquer coisa que nunca existiu? Bem, isso sim é difícil. Raro de acontecer, verdade seja dita.

E ainda se fala por aí em respeito, mente-se dizendo-se que se respeita.

Mentiras? Erro grave!

Post by Lúcia.R às 22:04
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Sexta-feira, 16 de Setembro de 2011

acreditas?

"E se te disser que estou com medo, acreditas? E se te disser que já não acredito nos nossos planos, acreditas? Então e se te disser que fizemos tudo ao contrário, concordas? E se te disser que ficámos dependente de uma coisa. Quando o que deviamos ter feito era ter vivido, e um dia mais tarde, logo pensavamos como seria. Concordas? Então e se eu te disser que o que te disse um dia, tornou-se um facto? Mesmo tu dizendo que não. Já concordas comigo? E se te disser que nós temos duas fases: ou nos damos bem, ou não damos - nem bem, nem mal. Achas que estou errada? Então e se fizermos assim: se eu te disser que não nos demos o suficiente, que ficamos pelas promessas e criamos um mundo do faz de conta, e que ele caíu, concordas? E se eu te relembrar que te avisei que me iria apegar, e de nada serviu, estou correcta?

De facto, nem estou correcta em nada, nem há nada para acreditar. Seria atirar ainda mais areia para os nossos olhos, se ainda viesses concordar comigo. Isso sim seria o maior cúmulo. Seria sermos ainda mais parvos do que o que fomos até aqui. Seria ficarmos dependente de uma coisa que nem nós próprios acreditámos. Quer dizer... Durante dias até, talvez, tenhamos acreditado.

Mas sabes, houve um bicho que acreditou durante mais tempo. Que bicho parvo esse ... Não achas?

Porém, uma coisa, não pode ficar em esquecimento: O medo! Esse é mesmo um facto. E as noites mal passadas. Mas nada disso se compara ao faz de conta que vivemos (?).

Agora sê sincero, já deixaste de acreditar à muito tempo como eu, não achas?

Mas não te esqueças, o medo ainda reina!"

Post by Lúcia.R às 20:00
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Domingo, 28 de Agosto de 2011

heart

No meio de tanto anda e pára, anda e pára, perdeu-se um coração.

De um lado, a racionalidade tenta controlar as emoções, explicando que foi o melhor, e que era o que se precisava fazer. Do outro lado, as emoções tentam ganhar mais espaço que a racionalidade, e a cada instante que se vê novos corações é um aperto, e um arrependimento tão grande, que não deixa lugar para qualquer racionalidade. E o certo é que agora já não se pode usar as emoções para decidir seja o que for, apenas tentar que com o tempo, as marcas vão saindo e que a razão ajude a explicar que foi o correcto, e que por muito, ou pouco que se pensasse, perder o coração seria a opção mais segura.

Não havia nem houve espaço para grandes manobras ou grandes pensamentos que nos levassem a melhores fins ou a outras saídas mais seguras, pelo menos por um tempo. O pior é que não havia grandes escolhas, nem atitudes que fossem para ser tomadas a curto prazo. Se de um lado estava a liberdade e as idades, de outro estava uma vida e um coração que de culpa não se podia carregar.

E pelo caminho perderam-se outras tantas coisas. A confiança, se é que chegou a existir, a falta de conhecimento. E ganhou-se um excesso de despreocupação e a pouca ou nenhuma vontade de comunicar.

E entre todas estas coisas só resta a memória, para de vez em quando nos fazer lembrar de tempos em que os sorrisos não eram problema e faziam parte do que era constante. Tempos em que as mentes não faziam parte da história, e eram apenas utilizadas quando o espaço se tornava mais evidente. Mas ao que parece, o destino tanto teimou, que acabou por ganhar, fazendo perder no meio do mundo um coração.

Agora, os outros dois corações que restam para contar a história pouco ou nada sabem de ambos, e não fazem parte, como nunca fizeram, de uma história comum. O que se pode guardar que exista em comum são apenas, e só, os momentos, e alguns sorrisos. Porque de um coração, um coração não chegou mesmo a sentir, pouco menos a acreditar de facto. E talvez seja esse um dos grandes motivos pelo qual os dois corações quase nada podem guardar de uma pequena história, já que não se deu tempo nem espaço para fazer um final diferente daquele que já se sabia que iria ser.

Post by Lúcia.R às 14:39
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Quinta-feira, 14 de Julho de 2011

quê?

Não seria, nem é impossível desaprendermos de acreditar. Para os mais complicados ou até mesmo para os recém chegados avisa-se: não é necessário fazer-se de conta que se compreendeu o que se leu, é bem mais justo declarar de primeira mão que não se percebeu nada. E mais se acrescenta, para os poucos esclarecidos ainda menos se devem dar ao trabalho de ler.

De facto a banalidade entre os corpos está a torna-se bem mais comum que aquilo que de facto se desejava. É então nessa altura que começamos a desaprender, e a perder todas as capacidades cognitivas que tinhas adquirido. Partindo do ponto em que não é nem branco, nem preto, mas sim cinzento. Acrescenta-se ainda que a negação é o passo mais próximo para retirar uma conclusão certa, e depararmos-nos com um facto anterior correcto. É nessa data que nos esclarecemos e entendemos que de facto tanto maior quanto é o grau de franqueza, mais perto se fica de sermos escarnecidos.

E é quando somos ludibriados que compreendemos que apesar de toda a negação, e possíveis factos apresentados que depreendemos que os corpos são, na sua grande generalidade, simples matérias e que disso pouco ou nada passa, e contra isso nada nem ninguém consegue se afirmar superior. Logo, é bem mais eficaz ser-se casto desde o início, poupando-se ocasiões e outros prazos. Evitando-se ainda males maiores dentro dos quais uma demandada, sendo este tipo de acções desprezíveis dentro da conduta estabelecida para o bom funcionamento de todas as mentalidades e de ambos os corpos.

Foi avisado que os poucos compreendidos nada iriam compreender.

Post by Lúcia.R às 22:54
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Sexta-feira, 22 de Outubro de 2010

eu e tu. e outros mais, claro.

Já nem sei o que te diga, não sei se queres que te conte um pouco daquela pequena verdade, que eu acredito que seja a minha verdade.

Talvez devesse começar por ti, mas assim ninguém iria perceber, logo, começo por mim, dizendo isto e aquilo, aquelas pequenas coisas que ninguém sabe, para além de eu mesma. Bem, mas se as contar, assim já não serei a única pessoa a saber delas, e já não haverá segredos entre mim e eu mesma. Mas como há muitas formas de dizer muitas coisas, podemos enrolar, enrolar, fazer de conta que vamos contar, e quem sabe, aquela pessoa não irá compreender, porque afinal, aqui, ali ou além, existem duas pessoas, no mínimo.

Quem me dera que fosse uma coisa simples de dizer, mas deve ser tão, ou ainda mais complicada como os 'Olá' que tentas arrancar de mim. Podia dizer que neste mundo, aqui, só existem duas pessoas, quer dizer, pensando bem, podia dizer que apenas existem três, e que tudo não começou com uma simples conversa. Mas sendo mais concreta, o suficiente para tu, e ainda mais uma carrada de gente perceber, não! Não existem só três pessoas, são no mínimo umas cinco ou seis, e verdadeiramente, eu pergunto-me todas as noites, como é que consegues? Possivelmente, se me explicasses como consegues fazer, a esta hora eu não estaria a escrever isto. Não seria eu mesma. Não seria eu sem as minhas tangas, e se assim não fosse, eu não seria eu, e nada seria o que é agora. Logo, ainda bem que não me disseste nada, que me deixaste ficar com o papel de parva, com a papel da criança que ainda tem muito para aprender, mas que tem a mania que já cresceu muito. Aos poucos e poucos, lá se vai aprendendo alguma coisa com os grandes. São os grandes de tamanho, são os grandes de idade, que na verdade, a sua mentalidade, em grande parte das vezes consegue equiparar-se com a das crianças de dezassete anos, ou ainda menos. Mas o facto (sim, o facto e não o fato) de serem grandes, faz uma grande diferença, porque ensina às crianças com que pequenos, e com que grandes podemos contar. A verdade, é que muitos dos pequenos, estão lá para os outros pequenos. Agora os grandes? Não. Às vezes é mesmo necessário passarmos-lhes à frente, e nesse mesmo dia, eles lembrarem-se que existimos e dizerem-nos 'Gostei de te ver hoje.' Gostas-te? Porquê? Somos iguais todos os dias, e todos os dias estamos no mesmo sítio, e todos os dias temos a mesma morada. Realmente, os pequenos talvez possam mesmo dizer que o mundo dos grandes é demasiado complicado.

Então, agora talvez seja altura de falar de ti, visto que eu, o que tinha para dizer, era apenas três coisas. Ou será antes, três pessoas? Bem, seja lá como for, foi dito, mesmo que com outras letras, está escrito, e quem souber, talvez consiga decifrar, se assim o quiser, claro.

Tu, tu não sei. Quer dizer, sei, mas como a forma de ver uma coisa pode ser diferente entre duas, ou mais, muitas pessoas, o melhor será dizer de ti, visto por mim, sem outros olhos (o que é quase impossível).

A melhor forma de começar talvez seja assim: 'lol'. Um dia, talvez consigas levar uma conversa a sério, e em todas as frases que dizes, não dizeres que devemos crescer, que devemos aproveitar, que devemos isto, que devemos aquilo, porque mais cedo ou mais tarde, não vamos crescer, não vamos aproveitar, não vamos isto e não vamos aquilo.

E porquê? Porque seja lá com dezassete ou com vinte seis anos, irá sempre existir uma coisa que não vai deixar. Essa coisa, somos nós próprios. Esse medo de nós mesmos. Não são os outros, porque em vezes, os outros estão lá, sejam eles grandes ou pequenos, sejam eles visíveis ou invisíveis, o nosso maior medo somos nós, por isso, o melhor é continuar a deitarmo-nos todas as noites, cada qual na sua cama, sem pensar em cada um. Fazer uma cova, enterrar isso lá dentro, e por cima uma cruz, porque a probabilidade de alguma coisa acontecer é tanta como cair alguma coisa do céu.

Então, deita-te e sonha, se assim achares importante, porque amanhã irás acordar e vai estar tudo na mesma. Com as mesmas pessoas, a mesma história, e as mesmas lágrimas.

Post by Lúcia.R às 22:19
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Terça-feira, 3 de Agosto de 2010

a sorte

Acho que nem a maior montanha-russa deste mundo é tão instável como certas coisas que existem por aqui aos trambolhões.

Talvez fosse declarado erro esperar para ver cair do céu alguém com asas. Nem que fossem escuras, e que advinhassem uma coisa muito má. Seria um milagre, de qualquer das formas, porque para cair qualquer coisa do céu é preciso primeiro mandar ao ar. Mas se somos nós que mandamos ao ar, podemos ter, ou não, a sorte de que essa coisa nos cáia aos pés. O mais certo era nem cair, com um céu (aparentemente) tão grande, porque haveria de cair ao pé de nós? Com tantas pessoas no mundo por aí, e teriamos de ser nós? Teriamos de ser nós a levar com a bola? A cairnos mesmo ao lado? E quem sabe, se caisse, não havia alguém que a apanhasse primeiro.

Mesmo que seja uma coisa que queremos, a sorte que temos que ela nos caia por perto, é muito pouca, ou quase nenhuma. É quase como jogar no euromilhões pela primeira vez e nos calhar logo o primeiro prémio. Mas uma coisa também é verdade, se não jogarmos, seja uma ou duas, ou lás as vezes que forem, nunca iremos ter a sorte de nos tocar o prémio. Por isso, o melhor é mesmo ir tentando todas as semanas, e ficar à espera, que uma sexta-feira seja a nossa sexta-feira. De olharmos para o boletim, e vermos que temos direito a uns quantos euros, só porque hoje foi o nosso dia de sorte. Contudo, também temos aquelas pessoas que jogam todas as semanas, e que todas a semanas tem a sorte de ter mais um eurinho no sapatinho, e aos poucos e poucos...

Não sei se é certo, ou se é errado dizer que só os outros é que têm sorte. Para dizer a verdade, nem sei o que diga, todos nós temos os nossos dias, de certo, e todos nós temos os nossos péssimos dias, em que mal pomos o pé fora da cama já nos está a acontecer qualquer coisa.

Talvez a sorte sejamos nós que a fazemos. Talvez sejamos nós que queremos, ou não, que uma coisa aconteça. O certo é que a sorte não depende só de nós, e naqueles dias em que pensamos que conseguimos dizer tudo só um olhar, ninguém nos percebe. Nem mesmo aquelas pessoas que estão connosco desde que nos lembramos de sermos nós próprios. Por isso, pra quê dizer que a sorte depende de nós? Provavelmente nem existe ao certo, é apenas um acaso, ou um simpático acaso que acontece de vez em quando, e quando nos damos conta, pensamos que ela existe. Não vale a pena iludirmo-nos, ainda ninguém foi capaz de chegar perto de alguém e dizer 'Sim, a sorte existe'. E mesmo que dissesse? Não há nada que o prove...

O melhor é ficar sentado à espera que ela venha ter connosco, porque quando nós tentamos ir ter com ela, para qualquer coisa, há sempre algo ou alguém que não deixa chegar perto.

Um dia, digo se ela existe ou não.

Post by Lúcia.R às 22:15
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Sexta-feira, 18 de Junho de 2010

está no sangue

É bom estar de volta sem nunca ter partido. É bom encontrar as coisas todas no mesmo sítio, mesmo sabendo que nínguem lhes mexeu. É bom estares de volta. É bom ter-te de volta nem que seja por uma semana.

Ainda me lembro como se fosse ontem das porradas que te dava, e das que tu me davas. Não me esqueço de nada, e nunca me irei esquecer, porque mesmo que faça cara de má, que diga que não gosto de ti, que não te diga nada durante meses, mesmo tu estando lá longe, a quilómetros de distância, lá longe, onde cai neve, e eu aqui, onde faz sol o ano quase todo, e passados estes anos todos, que são dezassete e mais uns quantos meses, e no meio deles, muita porrada, muitos sorrisos, muitas coisas. Muitas faltas de ar por causa das tuas cócegas, a verdade é que não me imaginava sem esses momentos.

E como é que eu passava sem ir para a tua cama nas noites em que havia trovoada? Um simples "posso?" servia, e tu percebias.

E agora estás lá longe, e eu cá, desejando que chegues e voltes o mais rápido possível.

Obrigada Mana :')

Post by Lúcia.R às 20:23
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